Viagem de Fim de Ano [Parte 5 - Berlim]

Olha eu aqui batendo recorde de postagem! hahaha
Hoje vou falar da última parada do mochilão da automação: Berlim. Chegamos lá no dia 29 de noite, então fomos para o hostel. O Zé se separou da gente nessa hora porque ele ia ficar em outro hostel com o Rogger. O hostel era pequeno mas bem arrumadinho, apesar do banheiro não ser no quarto ele só era dividido com outros 2 quartos que ficaram vazios na maior parte do tempo em que estávamos lá. O quarto era bem bom e a gente ganhava chocolate todo dia. hahaha Além de café, chá e cappuccino (de saquinho) à vontade. Não era no centro da cidade mas ficava do lado de uma estação de metrô, então foi ótimo.
Fomos logo dormir porque no dia seguinte nós tínhamos hora marcada para fazer uma visita ao parlamento (Bundestag).
Acho que a visita era às 10h, então acordamos cedinho pra nos arrumarmos e fomos. Foi super legal, lá é bem bonito e ainda por cima te dá uma bela vista da cidade. Você vai subindo na cúpula e tem um áudio-guia, disponível em várias línguas, incluindo português. À medida que você passa em certos pontos o áudio é ativado e vai te contando coisas sobre o parlamento e sobre a cidade, até te fala pra procurar uns prédios na paisagem. hahaha

Saindo de lá iríamos encontrar com o Zé, o Rogger e o Eli na Television Tower. No meio do caminho passamos por vários lugares, até uma loja da Mercedes. hahaha O mais bonito, é mais famoso, foi o Berliner Dom, a catedral da cidade. Nessa foto ai dá até pra ver um pedacinho da Television Tower no fundo.

Com uma certa dificuldade, já que o celular de ninguém pegava, encontramos com os meninos e de lá fomos pro East Side Gallery. Que é uma seção do muro de Berlin que foi transformada em uma galeria a céu aberto. Fiz uma rápida pesquisa e as pinturas foram feitas por mais de 100 artistas que vieram do mundo todo. Infelizmente a galeria sofre vandalismo com frequência e tem que ser constantemente restaurada.

Esse era nosso dia para turistar, já que no dia seguinte era véspera de ano novo e dia primeiro todos nós estávamos indo para casa cedo. Então não perdemos tempo e continuamos as andanças (lógico, depois de andar por toda a galeria, hahaha).
Fomos em outros pontos turísticos e até passeamos por um mercado (adoooro S2). Os mais importantes foram o Checkpoint Charlie, que é onde ficava um posto militar na divisa das Alemanhas Oriental e Ocidental, e o museu Topografia do Terror, que infelizmente não tivemos tempo de explorar direito.

No caminho para o hostel topamos com um Christmas Market e eu ganhei um Lebkuchen Heart S2. Acabou que fomos pro hostel cedo porque neste ponto da viagem já estávamos moooortos, ai resolvemos dar um tempo lá e depois sair para jantar. Eu aproveitei para saborear meu lebkuchen heart com um cappuccino. hahahaha

Na hora de jantar encontramos um verdadeiro achado. Fomos procurar algum lugar perto do hostel e encontramos uma steak house argentina. Como carne vermelha aqui é muito cara, geralmente nem cogitamos uma steak house porque os preços são absurdos, mas o Rungue foi curioso e resolveu que queria ver o cardápio (geralmente por aqui tem um cardápio na rua, na porta do restaurante) e ai que ele viu que tudo no restaurante estava pela metade do preço (oi? é isso mesmo produção??). Não perdemos tempo então e entramos felizes, mas um pouco apreensivos já que os preços estavam tão baixos. Quando a esmola é demais o santo desconfia né. hahaha Acabou que cada um pediu uma coisa diferente e tudo estava uma delícia. Fomos dormir de barriga cheia (beeem cheia).
No dia seguinte iríamos encontrar com os meninos de novo e também com o Ninho e com a Xéus, super reunião da automação. Havíamos combinado de almoçarmos todos juntos, nossa "ceia" de ano novo. Encontramos com ele mas antes de irmos comer passamos pelo memorial aos judeus assassinados da Europa.
Na hora de ir comer adivinhem onde fomos?? Na steak house argentina novamente. hahaha
Dessa vez eu pedi o prato que o Álvaro tinha pedido no dia anterior porque pareceu o melhor da mesa. Era uma carne de porco num molho de gorgonzola que vinha acompanhada de batata frita e um pratão de salada. hmmm
Saímos todos satisfeitos e combinamos de encontrar mais tarde para a virada do ano.

A virada do ano foi uma saga! Nós saímos atrasados pra encontrar o pessoal, mas mesmo que estivéssemos saído na hora nosso plano nunca daria certo porque combinamos de encontrar num lugar estúpido, para o qual o acesso estava fechado durante o ano novo. hahaha
Além disso, a gente ia descer numa parada de metrô que estava fechada e só percebemos quando vimos que todo mundo desceu do metrô em outra parada (que era uma depois da que a gente queria), ai resolvemos olhar e mapa e percebemos que estávamos depois de onde deveríamos descer. Descemos do metrô, pegamos ele pro outro lado e descemos onde o pessoal havia descido. Da estação fomos seguindo a multidão até onde deveria ser a entrada para a área onde acontecia a festa de ano novo.
Caminhamos tranquilos com toda nossa ingenuidade e quando chegamos na entrada, fecharam o portão na nossa frente. E nós ficamos tipo: como assim??? Acontece que vai enchendo e eles vão fechando as entradas. Os guardas mandaram a gente seguir reto e procurar a próxima entrada, e foi o que fizemos, nós e dezenas de outras pessoas. Chegando no próximo portão...... mais um que foi fechado na nossa cara. Nesse ponto vimos que o pessoal começou a correr e tal então apressamos o passo. Devemos ter dado de cara com mais uns 3 portões fechados, e eles não eram próximos um do outro não, andamos pra burro.
Quando chegamos no último portão vimos de longe que ainda tinha gente entrando e corremos pra chegar lá. Foi tenso porque juntou uma multidão querendo entrar e eles começaram a fechar o portão na multidão. Fomos espremidos para dentro da área mas conseguimos entrar.
Respiramos aliviados mas mal sabíamos nós que o Brandemburg Thor, onde ficava o palco, estava beeeem longe da gente. Nesse ponto já estávamos andando todos de mãos dadas pra não nos perdermos na multidão. hahaha
Fomos caminhando em direção ao portão e nesse caminho tinha uns palcos pequenos com uns showzinhos, além de barraquinhas e em alguns pontos telões que mostravam o palco principal. Além disso tudo, nesse caminho também haviam... mais "portões"! Nos deparamos com guardas fechando a passagem, falando que aquela área já estava muito cheia. Com insistência passamos do primeiro e corremos pro próximo para não ficarmos pra trás. Passamos por mais um e chegamos em outro fechado. Tentamos esperar pra ver se eles iam abrir pra alguns passarem como o pessoal de trás fez mas nada feito. Ai percebemos que tinha um pessoal pegando um caminho off-road pelas árvores para passar e lá fomos nós. Passamos tranquilamente pelo mato mas logo na frente tinha outro portão que nem insistência nem atalho foi o bastante pra gente conseguir passar. Nos contentamos que iríamos ficar por ali e ver tudo no telão.
Eis que surge um problema, justo aquele telão estava com problemas de som. Depois de um tempo apenas assistindo a festa e vendo as mensagens em alemão na tela, sem entender nada, lógico, o som foi concertado. Mas, não sei se foi uma coisa muito boa. Os cantores era alemãos e alguns deles eram bizarros. hahahaha
Quando chegou a hora da virada estávamos cheios de expectativas pra ver os fogos. Tenho que dizer que os da Pampulha dão um show nos de Berlim. Os do Rio então, sem comparação. Não foram nem 10 minutos de fogos e todos simples, nada demais.
Logo quando os fogos acabaram todo mundo foi embora e bateu aqueeeele frio. Decidimos ir também. Andamos horrores pra encontrar uma estação aberta e pela segunda vez na viagem eu achei que ia perder meu pé. hahah
O chão estava todo congelado, tinha até que tomar cuidado pra não escorregar. Depois de um tempo que me pareceu infinito, chegamos no hostel e fomos descansar pra no dia seguinte partirmos todos para casa.
A Bruna e o Rungue nem dormira, eles tinham que ir lá pelas 4h pro aeroporto. O Álvaro foi comigo e com o Gabriel umas 8h eu acho. De lá pegamos um voo direto pra Manchester, em Manchester pegamos um trem aqui pra Sheffield e viemos pra casa andando da train station (este caminho nunca me pareceu tão longo, hahaha).
Chegamos em casa mortos no dia 1º, descansamos bastante porque logo logo precisaria de mais pique já que eu estava esperando uma visita muuuuuito especial no dia 3!!!!
Como podem ver, ainda não terminei de contar sobre minhas aventuras de férias, não sei quando mas depois eu volto pra falar sobre os dias maravilhosos que passei na companhia da minha amiga linda!!
Até mais!

Viagem de Fim de Ano [Parte 4 - Praga]

Olha eu aqui novamente, e dessa vez nem demorei pra voltar. Agora vou contar pra vocês sobre minha breve passagem pela República Tcheca. Praga não fica muito longe de Munique, como saímos cedinho chegamos lá acho que umas 11h. O hostel era DO LADO da estação, o que foi ótimo. Fizemos o check-in e esperamos um pouquinho pro quarto ser liberado. Na recepção vimos que tinha um free walking tour saindo do centro da cidade às 14h ou 15h, não me lembro ao certo, mas vimos que se dessemos uma corridinha dava pra pegar ele. Do hostel ao centro da cidade era uma caminhadinha de uns 15 minutos, tranquilo. Você facilmente nota que está chegando ao centro da cidade porque a densidade de pessoas vai só aumentando e nossa, que cidade cheia! Só turista pra tudo quanto é lado, váaarios brasileiros.
A primeira coisa que tivemos que fazer foi trocar nossos euros por coroas tchecas, a moeda do país. 1 euro vale umas 25 coroas tchecas. Se você quiser dá pra fazer tudo com euro, todo lugar aceita, mas a conversão que eles usam é obviamente pior do que a das casas de câmbio. Enfim, com o dinheiro certo partimos pra praça central de onde sairia o tour e onde ainda estava acontecendo o Christmas Market.

Decidimos comer no mercado mesmo e partir pro tour depois. Comemos um pão com linguiça que tinha duas coisas, além dos molhos tradicionais (ketchup, maionese e mostarda) pra você por nele. Uma parecia uma salada de repolho com maionese e algo azedinho (agora eu acho que era chucrute) e eu não consigo me lembrar da outra, só que as duas eram meio brancas. Experimentei as duas, não gostei muito de nenhuma delas.
Como estávamos com pressa não tive muito tempo de rodar o mercado e ver direito as comidas, se tivesse feito isso teria comido outra coisa. Depois fiquei encantada com umas comidas num tachos enormes, tinham vários tipos, queria experimentar todos mas não provei nenhum :(
Tomei a liberdade de pegar essa foto daqui pra vocês verem que coisa bonita.
Depois de encher a barriga fomos para o tour, ante de ele começar aconteceu a maior coincidência da minha vida. Indo fazer o mesmo tour estava o Pedro, um amigo nosso que mora na casa da vó do Gabriel, estuda medicina na UFMG e está fazendo intercâmbio na França. Gente, mas esse mundo é pequeno mesmo! Ficamos todos de cara de ter encontrado assim aleatoriamente. Aliás, eu que esqueci de comentar, mas quando estávamos na cervejaria em Munique encontramos com um calouro nosso da Automação.
Enfim, infelizmente o Pedro ia seguir com o guia que faria o tour em espanhol e nós fomos com o que falava inglês. Foi ótimo pra conhecer a cidade e ouvir umas histórias engraçadas. Depois do tour já estávamos cansados e resolvemos voltar pro hostel. Os meninos comeram no KFC e eu e o Gabriel compramos umas comidas congeladas deliciosas no supermercado. O meu era um arroz e um frango com molho que na verdade era molho com frango, mas enfim, comer mal faz parte de mochilar. hahaha
No dia seguinte resolvemos não madrugar, já que ainda tínhamos praticamente dois dias em Praga. Tomamos café no hostel, finalmente o preço era razoável mas não era café colonial que você come o tanto que quiser, era uma cestinha que tinha até bastante coisa. Nesse dia fomos subir até o castelo de Praga. A subida é relativamente longa mas é super agradável, pra chegar lá passamos pela ponte, que é linda, e por bequinhos que me lembraram ouro preto. hahaha
A vista lá de cima é linda! Vale muito a pena. O castelo em si não me impressionou muito, nem quisemos entrar. Mas faz parte ir até lá!
Descemos por um caminho diferente e passamos pelo muro do John Lennon, que eu ainda tenho que pesquisar qual a importância histórica dele. Chegamos ao centro bem na hora de ver o famoso relógio astronômico. O guia havia falando pra gente que ele foi votado a segunda atração mais decepcionante da Europa (só ficou atrás da Monalisa), mas eu fiquei mais decepcionada com o menininho fazendo xixi de Bruxelas. Enfim, é um relógio, muito bonito por sinal, e toda hora cheia as figuras perto dele se mechem e tal, eu não estava com um expectativa muito grande, então talvez por isso a decepção não foi grande. hahaha

Já era hora do almoço e decidimos gastar um pouquinho mais. Fomos num restaurante italiano e comemos uma pizza enorme e deliciosa!
Não consigo me lembrar do que fizemos depois, o que é bom já que esse post já está IMENSO! hahahaha
De noite passamos no supermercado de novo pra comprar jantar e o Álvaro partiu pro Pub Crawl, must go de Praga se você é de balada, dizem que é o melhor da Europa. Como ele foi sozinho eu fiquei muito feliz quando ele chegou em casa vivo umas 4h. hahaha
No dia seguinte passeamos mais pela cidade, nosso ônibus só saía lá pelas 18h. Fomos ao quarteirão judeu, vimos as sinagogas e o cemitério, andamos pela beirada do rio e fomos à casa dançante (um prédio muito doido e bonito).
Terminamos nosso dia no Christmas Market e eu aproveitei pra saborear outro Trdelník, um pãozinho doce delicioso que eu tinha provado em algum dos dias anteriores e que eu AMEI. Era tão bom e cheiroso que eu nem parei de comer pra tirar foto então peguei essa foto daqui.

Com a barriga feliz (e cada vez maior, hahaha), partimos para o destino final da viagem: Berlim!
Depois eu volto com o último post da série, espero que vocês estejam gostando de saber um pouquinho sobre os lugares por onde eu passei e espero que um dia aqueles que ainda não tiveram a chance de dar seus passinhos por essas cidades a tenham. Praga é uma delícia, não é a toa que é lotada de turistas! hahaha
Até a próxima!

Viagem de Fim de Ano [Parte 3 - Munique]

(Depois de muuuito tempo estou de volta, hahahaha)
Chegamos em Munique perto da hora do almoço e fomos fazer check-in no hostel, que ficava a uns 20 minutos andando da estação, por causa das mochilas isso pareceu 1h (exageros à parte). Saímos do hostel e fomos explorar a cidade, infelizmente passamos em Munique os dias 25 e 26, 90% das coisas estavam fechadas! Dia 25 era de se esperar, mas na Alemanha aparentemente dia 26 também é feriado. De qualquer forma conhecemos a cidade, que eu achei lindiiinha, fiquei triste por estar praticamente tudo fechado, quem sabe um dia tenho a oportunidade de voltar lá.

No primeiro dia, além de perambular pela cidade, fomos à cervejaria Hofbräuhaus, muito famosa e conhecida como uma das melhores do mundo. O lugar é imenso e super legal, tem muita cara de Alemanha. hahaha
Tinha umas mesas enormes de madeira, uma banda tocando música típica, garçons passando com canecas de 1l de cerveja (umas 4 em cada mão, haja força) e também tinha cada comida mais bonita e cheirosa passando de lá pra cá. Fiquei chateada porque a gente tinha acabado de comer então não provei nada, mas fiquei encantada com o joelho de porco enorme e suculento que praticamente toda mesa pedia e também com o Apfelstrudel (um folhado de maçã) enorme servido com sorvete. Ai ai, meu sentido gordice atacou, mas não pedi nada.
Na foto ao lado estou eu com a caneca do Álvaro (lógico que minha não era), não consegui nem levantar ela pra tirar a foto então resolvi abaixar. hahahaha
Nesse dia havíamos passado por um ringue de patinação numa praça, então ficou combinado: no dia seguinte iríamos patinar! Fomos pra casa, passamos num mercado na rodoviária (única coisa aberta) e compramos uma caixa de ovos pra fazer omelete de jantar. Que arrependimento, a cozinha do hostel era desastrosa e quase não saiu omelete nenhum. Esse foi um jantar que eu prefiro nem lembrar. hahaha
No dia seguinte tomamos café no hostel, já que não tinha nada aberto, não conseguimos nem comprar um pão a um preço razoável no dia anterior. Foi ótimo porque ai comemos até e partimos pro Olympiapark (vila olímpica) de Munique antes da patinação.
Estava tudo fechado lá e tinha uma neblina cabulosa, tanta neblina que nem conseguimos ver a famosa torre (Olympiaturm). De lá voltamos pro centro da cidade pra podermos patinar.
No início eu achei que não ia conseguir, mas no final das contas me saí super bem já que nem caí nenhuma vez. Foi super divertido, todo mundo amou, mas os pés ficaram doendo depois.
Depois de patinar fomos pra única atração turística aberta no dia 26, o Deutsches Museum, o maior museu de ciência e tecnologia do mundo. Valeu muito a pena, ele realmente é enooormes, nem conseguimos ver tudo e ficamos lá até sermos expulsos. hahaha
Ele tem aproximadamente 40 exibições permanentes que cobrem vários ramos da ciência e tecnologia como Aeronáutica, Metalurgia, Microeletrônica, Computadores, Energia e por ai vai. Todos nós, como bons futuros engenheiros, ficamos fascinados. hahaha
Para nos despedirmos de Munique fomos à Alianz Arena, só pra ver do lado de fora mesmo já que ela estava fechada. Que arrependimento porque pegamos uma chuva terrível e meu sapato ficou tão encharcado que eu achei que ia perder meu pé de tanto frio que estava sentindo.

De lá fomos pro hostel descansar porque no dia seguinte cedinho iríamos mudar de país e partir pra Praga, República Tcheca, antes de voltarmos pra Alemanha e fechar a viagem em Berlim.
Vou tentar não enrolar tanto pra continuar com os posts mas já viram, não criem muitas expectativas. hahaha
Tentarei voltar o mais rápido o possível, até lá! :)

Final Exams

Bem, eu sei que não cheguei nem na metade das minhas viagens mas resolvi fazer uma pequena pausa para contar como foi minha experiência com os final exams aqui no UK enquanto a memória ainda está fresca (a memória das férias já dançou mesmo).
Começando pelo começo, a única matéria que eu tive avaliação durante o semestre foi inglês. Toda semana tinha trabalhinho, além de apresentação e tal. O que foi uma maravilha, até cair a fixa de que isso significava que toda a minha nota das outras matérias seria avaliada apenas no final do semestre.
Aqui em Sheffield, e no UK em geral, eles tem um período no final do semestre para que sejam realizadas as provas finais, e muitas vezes elas valem 100% da sua nota. Nosso período de exames começou dia 20/01 e acaba no final da semana que vem. Suas provas podem ser em qualquer época dessas 3 semanas, mas parece que as do mesmo departamento são relativamente próximas. As minhas foram todas na primeira semana e no início da segunda, enquanto o pessoal que faz biologia começou as provas por agora e termina semana que vem.
Eu tive 5 provas, 1 de inglês e 4 de engenharia (Space Systems Engineering, Advanced Control, Intelligent Systems e Optimisation and Search). A de inglês valia apenas 1/4 da nota, porque o inglês é dividido em Language e Skills, só o Language tem prova e ela vale 50% da nota do Language, então 25% da total.
A de Advanced Control valia 50% da nota, porque tivemos dois trabalhos para serem entregues uma semana antes da prova e eles valiam os outros 50%. As outras 3 valiam 100% da nota nas matérias.
O trabalho de Advanced Control e o de Inglês (Skills) que eu tinha que entregar logo antes das provas eu fiz antes de viajar, mas os estudos para as provas só começaram mesmo depois que voltei de viagem. Tive uma semana antes da minha primeira prova inteiramente dedicada aos estudos. Meu plano foi: um dia pra estudar cada matéria nessa semana e depois eu estudaria para a próxima prova até ela chegar, já que eu tinha um intervalo de 1 ou 2 dias entre elas. E foi esse plano que segui.
A primeira prova foi a de Space Systems e acho que foi a que me deixou mais ansiosa. Primeiro por ser muita matéria pra decorar, tinha muita informação e sei lá o que iriam perguntar. Segundo por ser a primeira prova e eu ainda não estar familiarizada com como as coisas eram por aqui.
A prova foi no Sports Hall da universidade, junto com outras 3 provas de outras matérias aleatórias. Quando você entra no Hall deve deixar bolsa, mochila, casaco e o que for lá na frente. Só pode levar pra mesa um estojo transparente, garrafa de água transparente, calculadora com o selo de aprovada pela universidade (Não pode usar tipo HP) e sua carteirinha da universidade.
Ai tem um caderno de pergunta e um de respostas, no final você amarra os dois juntos com um barbante.
Mas enfim, a prova. Ela estava bem grande, eram 4 questões e você escolhia 3 pra fazer. Por sorte tinha uma questão igual à da prova antiga que o professor disponibilizou pra gente. Duas questões eu sabia fazer tudo, as outras duas eu só sabia mesmo alguns itens (uma tinha até a letra f e a letra f tinha 5 itens), julguei em qual eu tinha maior capacidade de enrrolar demonstrar meu conhecimento e pronto. Sai satisfeita da prova, apesar de tudo. E com uma sensação ótima de "menos uma"!
A próxima foi a de inglês. Foi a que eu não estava me importando muito. Isso porque não vale nada pra mim, academicamente. O que valeu foi a melhora no meu inglês por causa das aulas, a nota não importa muito. Foi também a mais estranha, outras 3 pessoas que moram comigo também fizeram a prova e "estranha" foi a definição que todas deram. hahahaha
A terceira foi a de Advanced Control, matéria que uma vez foi considerada do capeta por mim, pelo Gabriel e pelo Arthur, mas que agora já era parte da nossa vida. A prova foi no matlab (se fosse no papel ele sairia em branco) e foi ai que eu tive minha primeira grande frustração com os exams. A prova foi feita numa sala de computadores da universidade e obviamente a gente precisava da biblioteca de controle do matlab. Só que, a universidade tem um número limitado de licenças, então em alguns computadores de vez em quando não era possível executar algumas funções como "ss()" (que eu precisava só para TODAS as questões da prova). Eu e outra meninas fomos as premiadas com a "falta de licença" e a solução era simples, ficar fechando e abrindo o matlab e tentando rodar seu código até funcionar... que beleza! A menina estava com o notebook dela e o professor autorizou que ela fizesse a prova nele, eu... rodei. A prova era até 15h e quando era 14h50 eu ainda não tinha conseguido rodar meu código. Ai eles avisaram que dariam até 15h30 e lá pelas 15h eu finalmente consegui rodar as funções. Aleluia! Eu tinha digitado o código todo e fui voltar láaaa no início pra ver se ele estava rodando, ver os resultados e com isso responder as questões. Foi legalzão ter que fazer isso tudo em menos de 30 minutos porque 15h30 a tarefa de submissão da prova iria sumir do sistema.
Tudo bem, fiz o que podia, fiquei muito puta, mas fazer o que né?! Sempre temos nossa parcela de azar na vida e eu ainda tinha 2 provas pra fazer.
A penúltima foi a de Intelligent Systems, o professor tinha disponibilizado uma prova antiga pra gente que não era difícil, mas era bem estranha. Tipo, ele dava os gráficos das funções de pertinência mas eles não tinham valor, ou coisas do tipo, então você tinha que inventar umas coisas, fazer umas acomchambradas, e algumas das repostas que ele passou pra gente nem faziam muito sentido mas, fazer o que? Fomos eu, o Gabriel e o Arthur novamente, com a cara e com a coragem. hahaha
A prova estava bem mais difícil do que a que ele passou pra gente e teve até uma questão que eu não sabia fazer porque eu não tenho ideia de como funciona um sistema de estabilização de imagem. A gente tinha que inventar um controlador fuzzy prum sistema de estabilização de imagem mas ele não falava NADA além disso, como eu não faço ideia de como isso funciona eu nem sabia que variáveis de saída usar pra poder inventar alguma coisa. hahaha
Além disso a prova teve outras estranhezas, o que fez com que saíssemos os 3 frustrados, mas novamente não havia mais nada a se fazer além de concentrar pra tão esperada última prova!
Optimisation and Search, decoramos todos os métodos e conceitos e partimos. Novamente a prova estava bem grande, muitas questões que você precisava de um tempo pra pensar no que fazer, mas você não tinha este tempo. Com algumas enroladas nos minutos finais, completei a prova e estava finalmente livre!
Ufa, foram semanas apertadas que eu achei que nunca acabariam, mas aqui estou eu. Os resultados não foram excelentes, mas o sistema de notas aqui é bem diferente. Você só precisa de 40 pra passar, ai 40-49 é D, 50-59 é C, 60-69 é B e 70-100 é A. Eu fico com a impressão de que eles fazem as provas grandes pra ninguém tirar nota muito boa mesmo, porque mais de 70 já é A e você só precisa de 40 pra passar. Ai as provas são imensas, perguntando tudo da matéria, e é lógico que você não vai saber tudo ou não vai ter tempo de fazer tudo direito. Acho estranho, porque é bem diferente do Brasil né, mas é assim que funciona aqui.
Apesar do meu semestre começar dia 10/02, as notas dos exams só saem tipo dia 10/03. Sim, é isso mesmo, você começa o segundo semestre sem saber se passou nas matérias do primeiro e a recuperação (exame especial) só acontece em julho, depois dos final exams do segundo semestre. E existem matérias que são pré-requisitos pra outras, então eu realmente não sei como funciona isso. hahahaha
Enfim, sobrevivi e agora estou curtindo meu descanso até as aulas voltarem. Me matriculei na academia e começo amanhã, já que o vôlei vai diminuir os treinos. E no mais está tudo em paz. :D
Está ficando cada vez mais frio aqui, mas ainda não vimos neve direito, quando ela chegar podem ter certeza que postarei várias fotos!!
Beijos e depois volto com o resto das histórias sobre minhas viagens de fim de ano e com mais notícias!

Viagem de Fim de Ano [Parte 2 - Frankfurt]

Saímos de Bruxelas Eu, Gabriel e Bruna quase meia noite em direção à Frankfurt. O ônibus deveria sair às 23h mas atrasou e ainda assim conseguiu chegar na hora prevista. Às 05:30 estávamos na estação de Frankfurt. De lá partimos pro hostel, uma caminhada de uns 20 minutos no escuro pelas ruas desertas. hahaha
Chegando no hostel ainda bem que tinha quarto limpo e pudemos fazer o check-in cedo, porque ninguém tinha dormido direito e estávamos morrendo de sono. O hostel era da mesma rede do de Bruxelas então estávamos esperando que fosse tão bom quanto!
O quarto era bem menor, mas era tão limpo e confortável quanto, foi ótimo. Dormimos até umas 11h e fomos pra estação porque combinamos de encontrar com o Rungue, o Álvaro e o Mateusão lá às 12h.
Deu tudo certo, nos achamos e fomos pro hostel pros meninos deixarem as malas.

De lá o Mateusão nos levou pra um tour na cidade. Vimos o centro e fomos no shopping Zeil pra almoçar a andar na maior escada rolante da Europa, que vai do primeiro ao quarto andar do shopping. Depois continuamos a turistar por ai, fomos na ópera (só na porta né) e no Banco Central Europeu. Pra terminar o dia fomos num pub para os meninos tomarem uma cerveja, afinal estávamos na Alemanha. Eu pedi um Apfelsaft, famoso suco de maçã, que eles tomam muito lá. E, pela primeira vez na vida, experimentei cerveja! hahaha

Obviamente eu odiei, como era de esperado, mas já que eu estava na Alemanha com meus 21 anos sem nunca nem ter provado cerveja eu tive que pelo menos experimentar né?!

No dia seguinte o Zé chegou bem cedinho no hostel e a gente nem acordou com ele batendo na porta! hahaha 

Quando finalmente levantamos fomos tomar café e depois partimos novamente pra conhecer a cidade. Levamos o Zé em alguns dos lugares que fomos no dia anterior, mas também fomos num mercado, no rio, e na porta de alguns museus (tudo estava fechado, era dia 24).

Aproveitei e comprei um legítimo Pretzel alemão. Eu achava que era doce, mas na verdade é bem salgadinho. Tem gosto daquele chips da Elma Chips que acho que nem vende mais no Brasil, Stiksy.

Depois de conhecer o resto da cidade fomos pro hostel descansar um pouco e preparar nossa ceia de natal. Indo pro hostel o Zé falou pra gente cortar caminho por dentro de um shopping, apesar de todas as lojas estarem fechadas o shopping estava aberto e pudemos ver a decoração de natal que era linda.

Depois do descanso começamos os preparativos. De entrada tivemos torradas feitas com os pães que sobraram do café da manhã do hostel e eles deixavam na cozinha para os hóspedes. Os pratos principais foram macarrão ao molho pesto e frango assado com nuggets. hahaha

Para a sobremesa (que a gente quase não conseguiu comer de tão cheios que estávamos) tivemos uvas, não podia faltar! Ah, e também não faltou vinho e guaraná antártica!

Deve ter sido a ceia mais simples que já tivemos mas foi ótimo poder contar com a companhia dos nossos amigos nessa data tão especial quando a saudade da família pesa mais. Nossa família automação estava reunida e de barriga cheia pra deitar e partir pra Munique no dia seguinte bem cedinho! :D